Interior Harbour / Macau    - Bazaar -

Ponte Cais No. 16

É o edifício mais evocativo da memória do Porto Interior, como lugar de chegada e partida.

Propõe-se a sua reabilitação para uma estrutura recreativa frente a uma grande esplanada sobre o rio, onde se desenvolvam actividades que celebrem o fenómeno comunicação.

Os quarteirões avançados em relação à Antiga Frente Marginal

Outro instrumento urbano de revitalização da zona do Porto Interior como zona ribeirinha, poderá ser as condições de remodelação tipológica a vincular aos lotes designados por “Quarteirões avançados em relação à Antiga Frente de Rio do Porto Interior”. São edifícios mais recentes, menos pitorescos no quadro da memória nostálgica do Porto Interior, mas talvez mais úteis pelas suas potencialidades tipológicas e pela sua localização, alguns dos quais garantem ainda uma perfeita coerência e integridade como frente urbana que garantem percursos contínuos sob arcada em todo o seu perímetro.

Alguns desses lotes são demasiado longos. A redução da ocupação ao nível do r/c poderá permitir uma maior frequência de atravessamentos em direcção ao rio, com grandes possibilidades de proporcionar múltiplas amplitudes de transparência, de  “devolução da cidade ao Rio”.

O Grand Hotel e a ponte cais nº 16, identificados como duas memórias importantes na estrutura do lugar, no ponto que anuncia a Av. de Almeida Ribeiro, como elementos de chegada e articulação de estrutura urbana que segue o modelo da cidade europeia de princípio de século, com a via representativa que liga a “Praça do Município” à “Praça da Estação” onde se localiza o “Hotel de Gare”. Este hotel foi a marcação de “obelisco” do porto, embora a dimensão dos novos edifícios reduzam o brilho desta construção como marcação sinalética do porto.

 

 

 

Grand Hotel

Ponte Cais No. 11

De linguagem semelhante à Ponte Cais No. 8, é uma construção de proporções confortáveis que, à nova escala da cidade, poderá resultar num agradável pavilhão de animação urbana.

Propõe-se a sua reabilitação para um pavilhão de Chá ou Biblioteca, mantendo-lhe a acessibilidade fluvial do seu cais.

Ponte Cais No. 8

Embora de linhas pouco esbeltas, se bem que incompleta de acordo com os seus desenhos originais, é sem dúvida a estrutura palafita mais notável do Porto Interior.

Propõe-se manter a sua actual relação com o Rio para um equipamento de restauração

Caracterização da Morfologia

Um dos elementos mais definidores da paisagem urbana do Porto Interior, nomeadamente na frente Nascente, é sem dúvida a configuração da divisão fundiária da propriedade, que se caracteriza por lotes estreitos e profundos, permitindo o maior número possível de utilizadores com frente de rua, antigamente rio, e o desenvolvimento posterior da necessária área de construção, ao longo de uma frente ritmada, definida pelos módulos da viabilidade construtiva de vencer vãos de estrutura de madeira entre paredes resistentes de tijolo maciço.

De igual modo ao designado na Europa na História do Urbanismo por “lote Gótico”, as escadas de aceso aos andares superiores são estreitas e longilíneas por forma a ocupar a menor frente possível de fachada já de si exígua. O resultado destas condições fundiárias na renovação recente das edificações, de acordo com as actuais regras da edificação, veio alterar a paisagem urbana mais a nível de linguagem dos elementos de composição das fachadas, do que propriamente em termos de tipologias de edificações urbanas por ser de tal forma determinante a estrutura fundiária. O acréscimo de cércea tornada possível nunca permitiu por si aumentos substanciais do volume da edificação, exceptuando-se apenas os casos em que foi possível aglutinar lotes para obter ocupações mais rentáveis, casos que são pouco frequentes pela diversificação de proprietários ao longo de uma frente disputada.

Destes edifícios, alguns salientam-se pela função ou pela memória, ou por atributos de natureza gráfica da linguagem arquitectónica que se manifestam nos desenhos de reboco, de guardas, vãos e guarnições, platibandas e varandas. Sendo estes elementos, portadores de protagonismo harmónico em elementos da construção de pequeno porte.

Por outras palavras, a característica mais determinante na paisagem urbana que resulta desta frente do Porto Interior é intrínseca ã sua estrutura fundiária e às suas origens, cuja mutação para além desses limites é pouco provável e nem sequer desejável, permitindo manter uma memória que é absolutamente estrutural neste sistema.

Situações que possam merecer regimes de salvaguarda

A frente de rio original, que constituía a memória mais pitoresca do Porto Interior, encontra-se particularmente alterada, retalhada e deteriorada. Existem todavia, conjuntos possíveis de reabilitação e momentos ou edifícios isolados que convenientemente tratados, poderão ainda constituir momentos urbanos, talvez já não como elementos arquitectónicos de acompanhamento ou de continuidade, mas como momentos de memória da paisagem da cidade.

Particular atenção deverá existir para determinados conjuntos ainda existentes caracterizados por frentes que se desenvolvem como um todo e de desenho completo, mas que na realidade correspondem unidades cadastrais independentes, para o qual deverá ser criado um regime com condições vinculadas a cada conjunto identificado.

Os troços de frentes Urbanas Homogéneas

Existem conjuntos de edifícios, que ocupam lotes absolutamente independentes, como se verifica pela existência de entrada de escada em cada unidade, mas que tiveram a mesma fase de execução, o que permitiu um desenho global do conjunto, em alguns casos com desenvolvimento de meio e extremos de composição global de fachadas. Dessas frentes existem situações lamentavelmente delapidadas por não terem sido consideradas como conjuntos homogéneos que merecessem regras globais de renovação, podendo ter salvaguardado algumas fachadas antigas ou tão simplesmente definir alturas coordenadas de arcada ou de ocupação vertical.

 

Water Front ca. 1870
Water Front ca. 1900
Chinese Bazaar ca. 1900

Superintendência do Comércio do Ópio

Propõe-se a sua recuperação para um museu do Porto Interior, onde se conte a História do Comércio do Ópio.

Propõe-se também um novo arranjo para a Praça devolvendo-lhe o reflexo de água da antiga doca de Ponte e Horta.

 

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Last updated: Sept 2000

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