Centro Cultural de Macau

Macau SAR of PRC

 

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Architecture Competition - 3rd Runner up

 

with:

Programa: 1 Auditório para 1200 pessoas, 1 Auditório para 400 pessoas, 1 Centro de Congressos, Espaços Museográficos e de Restauração.
Cliente: Governo de Macau
Data de Projecto: Abril de 1999
Área de Construção: 50,318 m2

EQUIPA DE PROJECTO 

Arquitectura: Mário Duarte Duque
Eduardo Flores 
Estabilidade:

Jan Gin Vei

Jacinto Saraiva Baptista

Fernando Gonçalves Domingues

Geotecnia: José Luís Tocha Antunes
Engenharia de Sistemas de cálculo: Fernando Gonçalves Domingues
Redes de Fluidos:

Francisco de Cunha e Vasconcelos

José Carlos  Cordeiro

Jan Mei Guida

Instalações Mecânicas:

Manuel Nicolau Olay da Silva Dias

António de Almeida Azevedo

Instalações Eléctricas:

António de Almeida Azevedo

José Aguiar Mamede

Segurança e Sistemas de Gestão Integrada de Edifícios: António de Almeida Azevedo
Acústica: Daniel Commins
Luminotecnia: Robert A. Shakespeare
John  A. Williams
Victoria Jarvis
Jonatham William Court
Mecânica de Palco: Waagner-Biró- Viena
Museologia: Luis Jorge de Gouveia Pascoal
Silvana Costa Macedo
Paidagismo: Tomm Van Dycke
Segurança em Museus: Berger - ECOLTEC-VIENA
View Front the inner Yard to to Water Front

Vista do Pátio para a frente de Água

Location Plan

Localização


DO PARTIDO PLÁSTICO E ARQUITECTÓNICO                                                               

A primeira leitura deste edifício será sempre de longe, de quem o avista tanto do lado terra como do lado água. Os elementos de que é composto são, por isso elementos à escala da massa do volume geral, sem fragmentação de escala, do que resulta que um elemento de clausura, ou de transparência, ou de contorno, continue a ser lido como tal mesmo de muito longe. A arquitectura torna-se assim sinalética, como se de um farol se tratasse, sem que a figuração desse signo seja de modo algum necessária, desejável, podendo mesmo confundir-se com uma memória, de forma e de significado forte, já existente em Macau - o Farol da Guia.

A vocação sinalética da arquitectura, que permite esse reconhecimento plástico do edifício, poderá ter outras manifestações sensoriais. Se, por exemplo, a forma integrasse uma superfície em grelha, na qual a passagem do vento a determinada velocidade, com determinada orientação, produzisse um silvo ou outra manifestação acústica e exterior de um edifício que é também uma caixa de música. Se os jactos de água que ladeiam os caminhos em forma de vésica desde a largada de passageiros à entrada do átrio dos auditórios indicassem, pelo número e posição, as horas do dia. Se, de noite, a forte concentração de luz das faces dos amplos envidraçados, como faces de uma caixa de luz, fossem mais fortes que os planos vigorosos que durante o dia recolhem, fecham e protegem os interiores.

Por outro lado, uma vez que os sinais mais marcantes são principalmente legíveis á distância e não existem outros para uma leitura próxima para além dos já referidos, o edifício torna-se sereno na sua envolvência chamando apenas para a paisagem ou para aquilo que nos seus interiores se expõe.

Assim, a horas pachorrentas do dia, os interiores recolhem-se na protecção das palas que se projectam no exterior e nas colunas avançadas onde o espaço intercolúnico se fecha por lâminas orientáveis e recolhíveis, tal como uma casa colonial fecha as "loggias" do seu piso nobre, com lonas brancas criando transparências difusas nos interiores, ideais para espaços de galeria.

Mas também há passeios que se podem fazer ao fim da tarde ou mesmo escapadelas durante os saraus nocturnos a um belvedere ou a um pavilhão de fresco da mesma maneira que se pode, no intervalo de um espectáculo visitar uma exposição temporária a onde se chega por um caminho em ponte que liga o foyer ao edifício dos museus, ou atrever-se a um ponto de vista exterior num promontório ou mesmo um terraço sobre o Rio das Pérolas para uma ceia após o espectáculo.

Deste modo o Centro Cultural de Macau não necessita de ser, premeditadamente, em forma de "nada" para além dele próprio para celebrar um lugar, ser apelativo, e sobretudo ser válido pela sua contemporaneidade sem se socorrer de bengala a qualquer sinal emblemático.

View from the Water Front

Vista da Frente de Água


Model Photographic View

Vista Fotográfica da maqueta

Theater Wing: Ala dos Auditórios: Museums and Conference Center Wing: Ala dos Museus e do Centro de Conferências:
Large Theater for 1200 people
Small Theater for 400 people
Grande Auditório para 1200 pessoas
Pequeno Aufitório para 400 pessoas
Museums, Conference Center, Catering Museus, Centro de Conferências, Restaurantes

East View - Museum Wing - Approaching side to the Maritime Terminal

Vista Nascente - Ala dos Museus -Llado de aproximação do Terminal Marítimo

Axonometric View
Fore Ground Corner: Conference Center and Restaurants
Vista Axométrica
Vértice em primeiro plano:
Centro de Conferências e Restaurantes


West Elevation

Alçado Poente

East Elevation

Alçado Nascente

 

DA ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL

 

Dos Espaços e Circulações exteriores

O Centro Cultural desenvolve-se em dois corpos funcionalmente específicos e interligados por espaços exteriores e interiores.

O atravessamento entre as duas frentes nobres, o rio e o parque, é público a qualquer hora do dia. Esse percurso desenvolve-se ao longo de uma rampa de ligação ao jardim que envolve, em torno de um envidraçado, a sala de dupla altura do Museu de História e Arquitectura de Macau, tem uma paragem na grande varanda coberta sobre o parque, estendendo-se de seguida ao logo do grande escadório descendo até ao rio através dos jogos de água que surgem de um pavimento absolutamente plano com os tanques de recolha de água sob o pavimento, podendo esse terreiro, frente ao átrio dos auditórios, ser sempre lugar para outros eventos ocasionais.


Das colunas funcionais

Todo edifício está organizado em colunas funcionais pata público e para serviços, para áreas administrativas, para áreas de direcção artística e de apoio de palco (técnicos, artistas e movimentação de cargas) o que permite que a mesma coluna de acesso aos camarins sirva os dois palcos, e o mesmo elevador de carga distribua cenários e adereços aos dois palcos e depósitos a partir do cais de cargas e descargas.

As áreas museológicas dispõem também de uma coluna de movimentação de cargas de acesso aos depósitos e entregas para exposições temporárias, bem como ás áreas de montagem de exposições e de restauro.

Existe ainda uma via rodoviária sob o palco de acesso á oficina e depósito de cenários, fosso do palco e depósitos do museu.

Dos Espaços Museológicos

Das Salas das Colecções Residentes

Os espaços Museológicos das colecções residentes (Museu Luís de Camões e Museu de História e Arquitectura de Macau) são museus que necessitam da criação de decores adequados com recurso a iluminação artificial, e de espaços de duplo pé-direito, especialmente o Museu de História e Arquitectura de Macau, no caso de ser necessário exibir maquetas, conjuntos arquitectónicos ou réplicas a grandes escalas ou mesmo a natural. Assim, para a criação desses ambientes desponibilizam-se espaços mais interiores, e aos espaços de dupla altura, a possibilidade de ser visitado a um nível intermédio.


Da Galeria de Exposições Temporárias

A Galeria de exposições temporárias existe no nível superior do corpo museológico e, por isso, tem a possibilidade de iluminação zenital. Nesses espaços a iluminação natural nas zonas mais interiores é feita através de rasgos na cobertura garantindo uma iluminação indirecta e difusa, razante sobre as paredes.

Estes espaços têm uma estrutura de galeria de corredor central com nível intermédio percurrível, permitindo a visita a um nível intermédio das salas laterais de duplo pé-direito.

A particularidade desta galeria de exposições temporárias é de poder ser visitável durante as pausas dos espectáculos, pela ligação em ponte ao foyer dos auditórios, mesmo quando as restantes dependências museológicas e administrativas estiverem encerradas, tornando isso num atractivo dos intervalos dos espectáculos e num acréscimo de público para as mostras.

South Elevation
Water Front

Alçado Sul
Frente de Água

North Elevation
Park Front

Alçado Norte
Frente do Parque

South Frontal Perspective
Water Front

Vista Perspética Sul
Frente de Água

South Side Perspective
Approach from City center

Vista Perspética lateral Sul
Aproximação do Centro da cidade

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Last updated: 11 Jul 2008

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