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PROGRAMA GERAL DAS CONSTRUÇÕES
Casa
das Artes Visuais ( Item 1) Atribuiu-se
a finalidade de casa das Artes Visuais a esta construção por permitir a
sua articulação, por meio de uma estrutura de circulação distributiva,
aos pavilhões das antigas casas de pólvora onde funcionarão salas
individuais de exposição. O
ingresso é feito obrigatoriamente por esta construção, onde existem os
serviços de acolhimento, informações e documentação, a partir do qual
se organiza a visita às exposições. Os
fornecimentos e recolhas aos espaços museológicos são feitos por uma
plataforma de cais lateral com acesso a veículos pelo portão que servia
a antiga fábrica a partir da Rua Fernão Mendes Pinto. Esta entrada serve
também a escada de acesso a um meio piso a ser ocupado por oficinas e
ateliers. Por valorização de uma ideia expressiva, optou‑se pela localização de duas funções de nomenclatura semelhante, Casa das Artes Contemplativas e Casa das Artes Marciais, em duas construções já existentes de características também semelhantes. A posição oposta destas duas construções define um espaço com características de recinto/praça a que se denominou Praça das Artes.
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Pavilhões
de Exposição da Casa das Artes Visuais ( Items 2a, 2b, 2c, 2d, 2e, 2f,
29, 2h, 2f e 29). São
espaços amplos para exposições temporárias que se organizam em 7 das
antigas casas de pólvora do recinto, dominando tematicamente todo o
padrão tipológico característico destas construções. Cinco
dos pavilhões são interligados e exclusivamente acessíveis pelo
edifício principal da Casa das Artes Visuais através de uma circulação
longitudinal distributiva. Dois dos pavilhões são acessíveis
directamente do exterior e poderão ser destacados da restante
organização dos espaços museológicos. Os
espaços dos pavilhões serão amplos, climatizados e com possibilidade de
obscurecimento. Esta
estrutura museológica segmentada por espaços independentes sucessivos
permite organizar as mostras por salas temáticas, que eventualmente
necessitem de ambientes particulares mais caracterizados que outros
troços da exposição, e adaptar a extensão do espaço à dimensão da
mostra.
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Passadiço distributivo às Salas de Exposição ( Item 2h) É um elemento novo que satisfaz o acesso condicionado às salas de exposição a partir da casa das Artes Visuais. É uma construção leve em madeira, arejada e de pouco impacto visual, garantido principalmente um pavimento de circulação e uma estrutura de cobertura. |
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Casa
das Artes Marciais ( Item 3) Este
edifício dispõe de um recinto de prática de Artes Marciais apoiado por
instalações sanitárias e balneárias. A
sua proximidade do anfiteatro permite a fácil articulação das
instalações para exibições públicas ou simples execução no exterior
em ambiente de paisagem valorizada no recinto do palco junto ao lago. As
mesmas instalações balneárias e vestiários poderão servir de camarins
de apoio ao palco do anfiteatro. O
acesso directo deste pavilhão ao exterior para controlo de entradas em
horário de funcionamento mais alargado que o do restante Parque, será
feito através do edifício administrativo onde reside o vigilante
permanente. Todo
o conjunto temático, já caracterizado pela localização da Casa das
Artes Visuais e Casa das Artes Marciais na Praça das Artes, estende-se
por um eixo igualmente temático que liga ao anfiteatro - casa das
Artes de execução em palco - e à Biblioteca - casa das
Artes literárias. |
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Ocupa uma das construções existentes no recinto da antiga fábrica que originalmente já previa um espaço interior com extensões cobertas em alpendre para o exterior. Estes alpendres desenvolvem-se em duas frentes que constituem extensões do edifício de características diferentes. Um, de ingresso, virado a Nascente frente ao edifício administrativo e à Praça da Fonte, de atravessamento pedonal obrigatório por quem se dirige ao núcleo das Artes, o outro de enquadramento visual de características contemplativas, orientado a Poente com avistamentos mais distantes de verde arbóreo e de água.
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É uma construção com características de pavilhão de jardim que resulta da adaptação de um já existente neste lugar. A sua reconstrução permite equipar o interior com duas frentes de estantes para livros nas paredes transversais e algumas mesas de leitura. 0 espaço beneficia de uma continuidade visual para a frente do lago e para a frente da esplanada de leitura. As paredes longitudinais serão preenchidas por painéis móveis que permitem o fechamento do espaço no horário de encerramento. A esplanada de leitura é uma sala exterior enclausurada por vegetação. A reconstrução do pavilhão será principalmente feita pela aplicação de madeira. |
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É
uma pequena construção existente com características absolutamente
singulares no âmbito das restantes tipologias de casas de pólvora do
recinto. É um elemento autónomo pela sua forma e posição solta de
qualquer padrão de articulação de construções com pouca utilidade
funcional mas de enorme valor expressivo na paisagem. Denominou-se
simplesmente de Ruína por mera alusão romântica a uma memória
construtiva, fora de uso, mas protagonista num enquadramento de recanto
pictórico de vegetação espessa - quase selvagem - como uma
unidade tipológica de atributo pitoresco da paisagem do parque. |
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O
anfiteatro proposto pretendo acomodar 280 espectadores numa modalidade de
recinto de apresentações em que, pela sua pequena dimensão, não só
proporciono uma relação próxima de convívio com o espaço da
representação mas também entre o público de todo o auditório, dotado
para isso de uma geometria envolvente como é próprio dos anfiteatros. a paisagem, esta surge como
atributo qualificado de fundo de cena para o qual foram criteriosas a
localização e orientação do auditório à paisagem e à luz natural.
Os próprios avistamentos do auditório foram construídos no sentido de
servirem de fundo de cena ao auditório, como é o caso do enquadramento
vegetal do lago e do pavilhão nele existente. A
orientação proposta permite também que, sendo a luz natural originária
da retaguarda, sirva a zona da cena e não encadeie o público. A
articulação do espaço do anfiteatro com os restantes espaços do Parque
por meio de percursos alternativos que passam pelo próprio interior ou
contorno do auditório, tornam-no num dos vários espaços de visita
e de estar que fazem parte do percurso de passeio pelo Parque. Tratando-se
de uma construção nova, ela surge com elementos da mesma natureza formal
dos muros das casas de pólvora (planos), mas de uma outra categoria
plástica,
pela sua geometria mais instável e pelas suas relações de posição que,
em conjunto com a porta do Canal e a geometria do edifício do restaurante,
relacionam estes elementos entre si como elementos de um outro nível de
informação que definem o padrão de ocupação das construções novas
do Parque. Assim,
procurou-se que, pela leitura atenta da planta geral do Parque, seja
possível identificar as diferentes regras de ocupação que relacionam os
elementos construídos da mesma categoria morfológica e do mesmo período
de intervenção, articulados entre si por padrões próprios de ocupação
do espaço. Os
elementos que insinuam a clausura do anfiteatro integram o padrão de
ocupação que agrupa as construções novas do Parque. Estas peças
funcionam ao mesmo tempo como elementos de reflexão acústica que regulam
o fecho do fundo de cena do auditório para o lago, podendo para o efeito
serem movíveis funcionando como um diafragma. Os
restantes elementos construtivos do auditório, as bancadas e acessos em
rampa serão executados numa estrutura leve e reticulada de madeira que
garanta alguma transparência e pouca presença de massa construída. No âmbito dos programas de eventos que vierem a ser preparados para este espaço, seria interessante que o recinto do anfiteatro, o tirando partido da extensão do espelho de água, se criassem condições para saraus de fogo de artifício preso como celebração da memória e tradição do lugar.
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Stage walls planification | ||||||||||||||
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Edifício
Administrativo ( Item 8) Ocupa
as instalações também administrativas da antiga fábrica que já
beneficiava de ligação directa ao exterior e de posição central a todo
o recinto. Desenvolve-se em dois pisos, ocupando o piso superior
apenas parte do contorno da construção. Acomoda
no interior os espaços administrativos e de gestão do Parque, o gabinete
de primeiros socorros, bem como as instalações do vigilante permanente
do Parque e do pessoal da manutenção. A abertura por onde actualmente. e se faz o ingresso de peões é transformada em janela aberta sobre a paisagem para o interior do Parque.
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Casas de Fresco ( Item 9a, 9b, 9c, e 9d) Constituem
um conjunto de quatro pavilhões correspondentes à frente avançada,
junto ao lago, que é parte da malha que integra as restantes casas de
pólvora. Esta
frente é o conjunto mais degradado das construções significativas
propostas para reabilitação e integração nos elementos do novo Parque. Pelo
avançado estado de demolição dos elementos da construção e da malha
propõe-se que estes elementos possam ser objecto de uma
intervenção mais livre. Assim a intervenção neste conjunto é
progressiva ao logo da mesma frente de construções variando desde a
reparação total e original de um pavilhão, até à construção de um
absolutamente novo que completa o padrão de ocupação, passando por
outros níveis de intervenção como a simples marcação do lugar da
construção no pavimento, tendo por cobertura a copa de uma árvore da
cânfora de grande porte aí existente, ou a reparação das paredes
originais completadas por uma cobertura nova. O
grau de intervenção do desenho e dos materiais é também progressivo à
extensão da intervenção nas construções variando desde os materiais
tradicionais de expressão rústica até aos novos materiais de
aplicação mais exacta. Todo
este conjunto resulta numa sucessão de espaços de recolhimento de frente
de lago, luminosos e arejados, de convívio e entretenimento, num claro
diálogo plástico de transformação. |
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Estas
construções existentes definem o segundo padrão tipológico de
organização do casas de pólvora. Este, de desenvolvimento longilíneo,
que acompanha o canal e o atravessamento do parque ao longo de uma alameda
proposta para acessibilidade e articulação com o meio urbano. A
sua localização na zona do parque mais exterior, de mais livre
acessibilidade, e por isso mais vocacionada para serviços
concessionáveis, sugere a sua utilização para as lojas com a finalidade
programática de artesanato, coleccionismo e de artigos de culto, ao longo
de uma alameda de passeio. |
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Recepção/
Informações ( Item 14) É
uma construção a recuperar de localização imediata ao ingresso no
parque pela Rua Seng Tou. A sua orientação e justaposição com o
edifício adjacente define o encaminhamento do ingresso no Parque bem como
o anúncio de uma frente marcada pelos topos justapostos das construções.
Este edifício inclui igualmente instalações sanitárias de apoio às
lojas. A
tipologia da organização interna desta construção defino um corredor
franco longitudinal que poderá ser tanto alternativo nos percursos ao
longo da alameda como de abrigo a uma frente de atendimento dos serviços
de acolhimento do Parque. |
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Instalações
Sanitárias (Item 15) Localizam-se
numa das construções existentes propostas para recuperação no lugar do
Parque denominado por Prado. Esta
construção é uma presença solitária na paisagem segura por um maciço
arbóreo e ligada por um acesso ao principal percurso longitudinal do
Parque.
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É
uma preexistência da antiga fábrica que se propõe continuar nas suas
características originais de pequena construção isolada de significado
religioso. A
sua presença tem um valor particularmente expressivo por marcar, pela
posição e orientação, a torção da direcção de desenvolvimento do
canal, Por esta razão vocacionou-se o tratamento do elemento de porta de
água do canal para um enquadramento, percepcionado do exterior do parque,
para a leitura desta relação axial. Sendo esta uma vulnerabilidade de exposição do interior do Parque ao exterior, ela é todavia protegida pela presença guardiã do templo. |
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Tratando‑se
de outra peça de índole religiosa existente no recinto da antiga
fábrica, esta é, neste caso, um elemento iconográfico de pontuação da
pauta do plano marginal da Rua de Fernão Mendes Pinto. Embora
surja necessário um local de ingresso nesse jugar para garantir a
ligação ao Largo do Carmo, achou‑se por bem não destruir essa
relação ao muro existente como estrutura de suporte que agarra a
construção do altar. Para possibilitar uma entrada neste local, interrompeu‑se apenas o muro num dos lados do altar onde imediatamente se fecha o avistamento do interior do Parque por interposição de um outro muro mais distante e de maiores dimensões. Assim, não se ridiculariza a presença da pequena dimensão do altar ao confrontá-lo com as grandes dimensões de fundo do avistamento imediato do Parque, ao mesmo tempo que se cria um átrio de ingresso e um elemento de retaguarda que garante recorte de leitura do altar à escala humana da rua. |
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Edifício
de Restaurantes (Item 18) Esta
construção nova de três pisos, sendo os dois superiores de ocupação
parcial do contorno da construção, acompanha o percurso de ingresso no
Parque na frente da Rua de Seng Tou, desenvolvendo-se depois no
interior do Parque por forma a orientar-se para os espaços da
paisagem ao longo de uma frente que liga às esplanadas da frente urbana.
Este edifício permite uma ligação directa ao meio urbano que garante, e
beneficia da relação de adjacência com o lote destinado a auto silo. |
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Plataforma
esplanada
(Item 19): espaço de recepção, de estadia, e de sistematização das
diversas esplanadas da frente urbana e do pavilhão de restaurantes; de
articulação dos percursos transversais do Parque com o acesso da frente
urbana; e de contemplação do Parque e da colina da Taipa Grande.
Tipologia: plano elevado em 1 m, pavimentado e com superfícies plantadas,
articulado com os percursos e o prado da clareira através de rampas. |
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O
elemento de Porta de Água é um elemento de fecho de topo do canal e ao
mesmo tempo um prenúncio sinalético da identificação exterior do
Parque na frente da Rua de Seng Tou, com a particularidade de proporcionar
uma visita ao interior do Parque, sem propriamente entrar nele, servido
para tal por uma varanda acessível do exterior, no ponto onde se
interrompem os muros definindo-se a Porta, e exactamente de topo
sobre o eixo do curso de água que neste lugar cai em cascata isolando
completamente no espaço este ponto de vista.
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Pavilhão
sobre o lago ( Item 21) É
uma construção nova em madeira no lugar de uma outra existente mas
bastante degradada. Sendo embora uma pequena construção de lazer para fruição de um lugar próximo da água, ele serve principalmente como elemento de construção de paisagem e de composição do fundo cénico do anfiteatro. |
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Edifício
da Manutenção ( Item 22) Constitui
uma construção nova que surge no lugar de construções degradadas sem
características que motivem a sua reabilitação na antiga praça do
edifício administrativo. É
um edifício de apoio à manutenção vegetal de equipamento do Parque
(Casa dos Jardineiros), com dependências para equipamentos, utensílios e
armazéns, servindo ao mesmo tempo para definir uma presença plástica
que resolva este lado da praça. Optou-se por um volume simples,
abstracto, liberto de qualquer fenestração para a praça, que pudesse
resultar numa linguagem concorrente com as restantes construções, nem
qualquer tipo de ligação física aos restantes edifícios. A
iluminação natural é resolvida por um logradouro de serviço na
retaguarda e por rasgos na cobertura que recolhem luz por paredes
difusoras orientadas a Sul. Do lado poente deste edifício propõe-se
uma fonte que serve de remate à Alameda. Este edifício, por anteposição aos existentes fora da área de intervenção mas dentro do contorno do quarteirão, atenua a interveniência dessas construções anexas que são exteriores ao âmbito de intervenção do projecto do Parque. |
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Last updated: 02 Feb 2006