Superior Court
Macau SAR of PRC

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Programa:

 

Tribunal de Última Instância e Tribunal de 2.ª Instância, incluindo secretarias, gabinetes de Presidência e de Procuradoria Geral Adjunta e Ministério Público, gabinetes de magistrados, Salas de Audiências e Salão Nobre. Instalações do Conselho Judicial. Estacionamento na cave para 30 veículos.

 

Cliente:		Governo de Macau
Data de Projecto:	Outubro de 1997
Conclusão da Obra:	Abril de 99
Área de Construção:6,400 m2
 
EQUIPA DE PROJECTO
 
Arquitectura:	Mário Duarte Duque
 
Colaboração de:	Frederico Ramos
		Teresa Queiroga
 
Estabilidade:	Fernando Botelho - EPE
 
Colaboração de:	Raimond Sou - EPE
 
Instalações Eléctricas
e Mecânicas:	Henrique Costa
		SE, Serviços de Engenharia
 
Serv. de Incêndios:	SUN TAT
 
Construtor:	CHON TIT

 

 

Nota Descritiva

 

O Edifício para os Tribunais de 211. e última lnstâncias localiza‑se nos Novos Aterros da Baía da Praia Grande num lote já inicialmente previsto para a edificação de um Tribunal (lote 14 da Zona C, situado no núcleo destinado a serviços, onde estão previstos outros edifícios para órgãos administrativos do Território (Assembleia Legislativa). A posição deste edifício é relevante pela forma que culmina uma via de relevo ladeada pela própria Assembleia Legislativa, e pela forma como a recessão dessa via foi definida no próprio desenha do lote do Tribunal.

As características programáticas para este novo edifício nos Novos aterros da Baía da Praia Grande são as seguintes:

O edifício desenvolve-se em três pisos acima do solo e um piso de estacionamento,

O piso térreo possui um átrio coberto exterior com acesso rodoviário e onde se organizam dois ingressos independentes. Um para acesso aos serviços administrativos e de público em geral, outra ala para acesso clusivo de magistrados.

Na ala de ingresso de público organiza-se o grande átrio com ligação às secretarias e ligação por escada ao piso Nobre 1º. Andar) onde se localizam os a sala de audiências, o salão Nobre, espaço de átrio e de acolhimento e áreas de trabalho de advogados. Parte do 10 andar, em ala reservada, é também ocupada por gabinetes de magistrados. 0 21 andar é ocupado pelos gabinetes de magistratura e respectivas área de apoio, gabinetes da Presidência e da Procuradoria Geral, e salas de conselho.

Na ala de ingresso exclusivo ao nível do r/c organiza‑se um átrio distributivo entre o acesso às dependências exclusivas do Conselho Judiciário e do centro de Documentação Biblioteca. Desse átrio desenvolver‑se‑á a ligação exclusiva por elevador às áreas estritas de magistrados, presidências dos dois tribunais, Procuradoria Geral e Ministério Público.

O estacionamento em cave (nível -1) tem a oferta de 30 lugares de estacionamento. Possui ainda um recinto de segurança convenientemente isolado para entrega de reclusos e para a sua condução às respectivas instalações.

A área Total de Construção é de 4700m2 em pisos acima do solo, e de 1700m2 abaixo do solo.

A unidade mais importante do edifício é o Salão Nobre que, para além de outras funções oficiais, terá também a finalidade de sala de audiências sempre que as sessões envolvam maior número de intervenientes.

Para essa finalidade o salão Nobre, tal como a outra Sala de Audiências menor, articula-se com os espaços de Sala de Advogados e Sala de Testemunhas, e satisfazendo as condições de utilização no que respeita às circulações e permanência em zonas exclusivas, nomeadamente magistrados (nível 1 e 2) e reclusos (nível 0),

Esta sala ocupa o espaço correspondente à calote definida pela superfície empenada que define o ângulo Norte do lote. É este o vértice mais expressivo do lote mas também de mais difícil resolução. Avaliadas as suas potencialidades e a suas capacidades de articulação com as restantes unidades do edifício, achou-se ser este o tratamento mais conveniente e esta a localização mais conveniente do Salão Nobre,

Assim, o Salão Nobre resultou numa unidade preponderante tanto na estrutura dos espaços interiores como da própria volumetria geral do edifício.

No seu exterior ele evidenciar‑se‑á pela sua silhueta bem recortada e pelo seu revestimento brilhante em chapa de aço inox. No interior o revestimento será também em painéis, mas de cobra oxidado. 0 resultado será no exterior um elemento vibrante na paisagem pelo seu brilho e no interior um espaço mais calmo pela predominância do verde claro de oxido de cobre.

Os materiais que proliferam nos acabamentos exteriores são a pedra de calcário, de ardósia amaciada. de mármore branco e de betão aparente, tudo em tons neutros. Nos interiores existe ainda madeira de cerejeira em pavimentos e guarnições o pedra de quartezito em pavimento. Os metais serão o alumínio anodizado e o aço inox. No interior existe ainda o revestimento em painel de cobre oxidado.

 

Salão Nobre

Tal como a Sala de Audiências, o Salão Nobre  articula-se com os espaços de Sala de Advogados e Sala de Testemunhas, e satisfaz as condições de utilização no que respeita as circulações e permanência em zonas exclusivas, nomeadamente magistrados (nível 1 e 2) e reclusos (nível 0).

Ocupa o espaço correspondente à calote definida pela superfície empenada que resolve o ângulo Norte do lote. É este o vértice mais expressivo do lote e simultaneamente de mais difícil resolução. Avaliadas as suas potencialidades e a suas capacidades de articulação com as restantes unidades do edifício, achou-se ser assim ser esta a localização e este o tratamento mais conveniente desta unidade espacial do edifício,

Assim o Salão Nobre é uma unidade preponderante tanto na estrutura dos espaços interiores como da própria volumetria geral do edifício.

No seu exterior ele evidencia-se pela sua silhueta bem recortada e pelo seu revestimento brilhante em chapa de aço inox. No interior o revestimento é também em painéis, mas de cobre oxidado. O resultado é no exterior um elemento vibrante na paisagem pelo seu brilho e no interior um espaço mais calmo pela predominância do verde claro de oxido de cobre.

Outros materiais são a parede de ardósia e os painéis de madeira de cerejeira já de uso generalizado no edifício.

O ingresso é feito por duas grandes portas pivotantes excêntricas que enquanto abertas definem duas lâminas soltas das paredes ladeando o percurso de ingresso.

O cuidado mais especial desta sala prende-se com as condições definidas para iluminação natural do seguinte modo:

Os elementos de penetração de luz natural são três:

Um grande envidraçado lateral de vista para o futuro edifício da Assembleia Legislativa, e que ladeia um percurso exterior ao longo do alçado do edifício até à varanda sobranceira ao lago, simultaneamente espaço de pausa exterior do Salão Nobre. Este envidraçado tem um bris-solei a toda a sua altura.

Outro envidraçado no lado oposto define a presença de luz na superfície simétrica à anterior, e da mesma dimensão, só que em luz difusa sobre a parede existente, e que acompanha a escada de acesso de magistrados a esta sala vindos do nível 2.

O terceiro elemento de luz, e talvez o mais predominante, é o óculo na cobertura equipado com um dispositivo motorizado de obturador que permite regular o recorte de entrada de luz pela clarabóia, em função das características da luz natural do momento.

O controlo das cortinas do grande envidraçado e do obturador do óculo é comandado em conjunto com os comandos de intensidade de luz artificial, e a partir da regie.

A sala está ainda equipada com cabinas de tradução simultânea e regie na retaguarda.

Todos os ingressos para além de público e magistrados (ou sejam testemunhas e reclusos) fazem-se por portas integradas nos painéis de revestimento dos muros do Salão Nobre.

Uma vez que se considera a possibilidade de no Salão Nobre se poderem efectuar julgamentos, e tal como a Sala de Audiências, integra o núcleo que inclui também a sala de testemunhas e sala de advogados sendo servido por percursos exclusivos de ingresso de magistrados, testemunhas, reclusos e público em geral, e nas condições convenientes ao funcionamento das sessões.

O plinto onde se localiza a mesa de magistrados é uma plataforma elevatória motorizada que permite nivelar e modelar a sala para diversas utilizações.

Díptico por Anabela Canas

POSSIBILIDADES PARA UM DISCURSO SEMÂNTICO E ICONOGRÁFICO

Toda a poética que poderá suportar as opções na construção dos espaços, na celebração das funções e no discurso do seu significado, recorre necessariamente a signos, mitos e memórias que contribuam para o seu sentido superior, não apenas na geometria e na articulação dos espaços, como na apropriação do pormenor e no  recurso a peças de arte que incorporem sinais com significado, com o propósito de servir a solenidade das funções específicas dos espaços.

O recurso aos mitos clássicos gregos e romanos, no caso da Arquitectura ocidental, é frequentemente uma fonte de evocação e de celebração pela riqueza da sua estrutura alegórica de significação.

TÉMIS, Divindade feminina do Panteão grego, filha de Urano (o Céu) e de Gaia (a Terra) e irmã das Titânides. Era considerada deusa da Justiça, criadora dos oráculos, das leis e dos ritos e possuidora de uma ciência superior à dos outros deuses. Os oráculos que emitia e as leis que ditava, impunham-se tanto aos deuses como aos homens e a sua acção exercia-se quer no domínio moral, quer no temporal. Témis é habitualmente representada com os olhos vendados e a balança da Justiça na mão onde se pesam as queixas das partes oponentes. Mãe das Horas - ou as estações do ano; as três Parcas - a Clotho que tecia o fio da vida, a Lachesis que determinava a sua extensão e distribuía a fortuna, e a Atropos, a inflexível que cortava o fio. As Parcas eram as que cumpriam com - aquilo que já tinha sido dito - em latim fatum, pois não tinham vontade própria e obedeciam a Zeus. Por vezes é também referida como mãe de Prometeu e Epimeteu ao quem foi incumbida a tarefa de criar a humanidade e lhe proporcionar tudo o que necessitaria.

 

Confucius, em Mandarim K'UNG FU-TZU (cerca 551-479 AC) Viveu na segunda metade da dinastia Chou (cerca 1027-256 AC), quando o feudalismo proliferava na China e a intriga e a injustiça era uma constante. Confucius condenou a desordem e a falta de padrões morais do seu tempo, e acreditava que a única solução possível era converter a humanidade de novo aos princípios e preceitos sábios da antiguidade e no grande valor do poder do exemplo . Achava que os governantes só seriam grandiosos se eles próprios tivessem uma conduta exemplar, e se estivessem dispostos a serem guiados por princípios morais, os seus estados tornar-se-íam prósperos e as pessoas viveriam em harmonia. Confucius foi designado magistrado em Chung-tu e mais tarde ministro da justiça do estado de Lu. A sua acção administrativa teve sucesso. Foram introduzidas reformas, a justiça foi aplicada com rigor e o crime quase eliminado.

Marcus Aurelius, de nome completo Marcus Aelius Aurelius Antoninus (121-180), foi imperador romano de 161 a 180 e filósofo da corrente do Estoicismo. Embora grande parte do seu reinado tenha sido dominado pelos tumultos nas fronteiras do Norte e do Oriente do império, Marco Aurélio regressava frequentemente a Roma para implementar importantes reformas jurídicas e administrativas. Mereceu o apreço dos desfavorecidos pela sua dedicação ao bem estar da população Fundou escolas, orfanatos e hospitais e aliviou a carga tributária. Introduziu importantes reformas no Direito Criminal numa perspectiva humanitária moderando os direitos dos senhores sobre os seus escravos.

Main Stair case

Escada Principal

Entrance Hall - roof light slots on defusing wall

Átrio Principal - incidência de luz zenital em paredes difusoras

Light slots on defusing walls

Escada de ingresso em zona de trabalho

Connecting circulations in restricted areas

Ligações e circulações específicas em áreas de trabalho 

Connecting staircase in restricted areas 

Escada de ligação em áreas de trabalho  

Circulations in restricted areas

Circulações em áreas de trabalho 

Main Hall

Salão Nobre

Light slots on defusing walls

Bandas de Luz orientadas para paredes difusoras interioes

Circulations and sitting area on restricted area.
Circulações e zona de estar em áreas de trabalho

Offices

Gabinetes

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Last updated: 03 Jul 2016

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